20081030

Disgaea

Por João "Masamori" Tanajura




Qualquer Gamer casual que já tenha curtido peças perfeitas de jogos de estratégia em turnos, os famosos Tactics, já pensaram em fazer a pergunta "Poxa, e se esse jogo maldito não tivesse compromisso nenhum com essas formalidades RPGísticas?". Tirar os limites de um jogo nesse estilo seria viciante e comprometeria o seu currículo escolar tenebrosamente, certo? E que tal imaginar essa combinação trágica com um humor sagaz e sarcástico que também não respeita nenhum limite? Poisé. Te apresento o destruidor de vidas sociais e carreiras promissoras.

Disgaea: Hour of Darkness é o jogo que trouxe a mídia o nome da série e também é aquele que deu um belo tapa na cara da palavra “limites”. O interessante é que quando qualquer gamer lê a introdução do jogo pensa algo como: “Ah claro, mais uma história de mundos alternativos repletos de demônios”, mas cerca de cinco minutos depois, tem uma sensação digna do comercial das Raspadinhas do Rio. Parafraseando nosso saudoso Costinha: “O senhor e a senhora estão pensando que já viram esse comercial. Se fudeu!!” - Disgaea é praticamente isso. =D

A trama de Disgaea gira em torno de Laharl, príncipe do Netherworld, que após ser acordado de uma pequenina soneca de dois anos descobre que seu pai, Rei Krichevskoy – o foderoso Overlord da história (ou, aquele Demônio overpower que owna todo mundo, se preferir)- morreu engasgado com um Pretzel - Sim, um PRETZEL! Eis que surge o primeiro exemplo de humor sarcástico nos confins de Disgaea, que é apenas um aperitivo para o que virá pela frente. :D



Combinando o velho and clássico sistema de jogos Tactics PLUS características extremamente overpowers nunca vista antes em algum RPG (Ao menos, eu não tinha visto :D), temos Disgaea. Acho que todo mundo tem uma idéia de que geralmente as Skills especiais dos personagens de um game sempre são compostas de feitos sobre-humanos ou combos vindos diretamente do meio do inferno, já em Disgaea a coisa extrapola. Melhor exemplo: o personagem SAIR da tela de batalha, AGARRAR a tela e empurrar ela dentro do Sol é coisa básica.

Uma das várias outras características overpowers de Disgaea é o sistema de Levels e Damage. Todo mundo sabe que o maior Lvl possível em qualquer jogo -genérico- de RPG ou RPG Tactics é 99. Em Disgaea, o limite de Lvl passa a ser módicos 9999, e conseqüentemente, a quantidade de HP que pode ser tirado na base da porrada é absurda. “It’s over nine thousaaaaand!!!”? Não, é acima de UM MILHÃO mesmo. :D

Como qualquer RPG Tactics que se preze, Disgaea tem uma grande variedade de Classes diferentes de Guerreiros – desde Warriors, Brawlers, Ronins e Ninjas até Angels e Majins. O sistema de Skills é baseado a partir da arma que o personagem carrega consigo e o level da mesma, por exemplo, um Sword User aprenderá a primeira Skill correspondente a Swords quando tiver lvl1 de masterização na espada. A habilidade com a arma passa de level conforme seja usada e sua velocidade de Level Up depende da aptidão do personagem para com a arma, por exemplo: um Ronin tem aptidão S para Swords enquanto uma Cleric tem aptidão E.

Certo, o jogo é muito overpower. Seria isso sinônimo de história e personagens porcos? MAS NEM! A história de Disgaea é ótema, repleta de tramas Du mau frum réul, humor negro e reviravoltas impressionantes... Sem falar dos personagens; Laharl e sua risada maléfica, Etna e sua escrotidão-mor, Flonne e seu amor por tudo que existe (e que não existe), Gordon e seu heroísmo idiot-... digo, admirável, Jennifer e seus peit-... digo, e seu incrível cérebro AND Thursday - o robô que owna o R2-D2 de longe. Sem contar que eu acho que Disgaea é o único jogo em que existem falas do tipo de “Cale a boca, eu sou o protagonista, então eu mando aqui!”, ou “Ah, é apenas um Mid-Boss..”. :D



Resumindo a ópera pra quem tava sem saco de ler tudo e pra que eu possa arrumar a conclusão da resenha – Disgaea: Hour of Darkness é um RPG de estratégia lançado originalmente para Playstation 2 que causou (e causa) uma certa polêmica até hoje por suas diferenças em questão de jogabilidade, exagero em atributos como level ou damage e tiradas de sarcasmo com o próprio sistema genérico de RPG ou algumas personalidades, como o ET. (Sim, AQUELE ET do “minha casa...” =DD)

Disgaea Hour of Darkness , ao meu ver como fã da série e do tipo de jogos, é um pit-stop obrigatório pra quem procura por horas de diversão, extreme leveling-up AND uma caralhada de quests e extras!

That’s all, folks! Enjoy. o/



João "Masamori" Tanajura é um samurai do mato que não vive dois dias sem o seu amado PS2. Também é um apaixonado por cultura japonesa e jogos hack 'n slash. =D

Nenhum comentário:

Postar um comentário