20081030

The World Ends With You

Por Matheus "White" Carvalho




Nas histórias de ficção que se ambientam no passado, temos os nobres cavaleiros com armas feitas de ferro e utilizando-se de poderes místicos de diversas naturezas, ou mesmo nas aventuras que se passam no futuro, vemos desde naves intergalácticas até sabres de luz, ou em alguns casos não tão raros, um mesmo mundo podia comportar tanto o futuro quanto o passado.

Mas sempre imaginei como seria se essas mesmas aventuras que li ou joguei fossem ambientadas no presente. Seria o nosso mundo contemporâneo capaz de reger uma aventura incrível de tais magnitudes? E quais seriam as armas ou os inimigos?

Sempre imaginei o Espadachim empunhando o Guarda-chuva, o lanceiro com seu cabo de vassoura e o cavaleiro em sua moto.

Mas eu não preciso mais imaginar, a Square-Enix já fez isso por mim.



The World Ends With You (para Nintendo DS), também nomeado de It’s a Wonderful World, trata exatamente disso, um digno RPG que se ambienta no mundo atual, mais especificamente, em Shibuya – Japão. Nada de espadas, lanças, machados ou cetros, o negócio aqui é atacar com o que lhe mais convém, seja os seus broches, seu bichinho de pelúcia, um skate ou até a câmera de um celular.

A história é complexa, mas a forma que é contada que é o interessante, ela se desenvolve bem devagar, para que, propositalmente, o jogador chegue em certos momentos de berrar: “Mas que porcaria está acontecendo? ”, então é difícil sequer resumi-la sem dar nenhum spoiler.

O que posso dizer é que você assume o papel de um garoto que não gosta das outras pessoas, por isso, se “exclui” do mundo. Neku, assim nomeado, acorda nas ruas de shibuya com um estranho símbolo em suas mãos, o qual lhe permite ler os pensamentos das pessoas em sua volta. Para piorar, o mesmo não consegue interagir com nenhuma delas, como se ele fosse alguma espécie de alma penada. Então descobre-se que ele está no meio de um jogo intitulado “Reaper’s Game”, o qual, durante uma semana, os jogadores precisam realizar missões enviadas pelo GM para assim garantir o seu “direito de existência”.



O jogo em si foi muito bem cuidado, a direção de arte e música estão mais do que de parabéns. O sistema de batalha, eu considero o melhor para o portátil da Nintendo por utilizar simplesmente TUDO que o DS pode oferecer, a primeira vista, ele pode ser bem difícil de pegar o jeito, mas depois de um tempo (MUITO tempo, na verdade) você compreende a genialidade dele. =D

Sobre personagens, o que posso dizer? Eles são atuais, logo, provavelmente você vai identificar um ou dois amigos seus com eles(seja pela personalidade, ou pelas roupas), o que faz você se apegar logo a eles(sem dizer que eles são bem diferentes do que estamos acostumados em RPG’s...). ^^

Por fim, digo, esse é o tipo de jogo que oferece uma experiência ÚNICA e com aquele Feeling que nenhum outro jogo conseguiria copiar(como disgaea, persona, e outras originalidades por ai =D), simplesmente não tem como você não se apaixonar por um jogo onde tem um vilão que os nomes dos ataques dele são “Seno, Co-seno, TANGEEEEEEEEEEEENTE!”. XD



Matheus "White" Carvalho é um wannabe-attorney aficionado por histórias celtas e doido por séries cults de RPG. Recentemente, fez a proeza de passar um mês sem seu amado Nintendo DS. =D

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